Separei 3 looks para cada desfile.
Iódice
A mulher do inverno 2011 de Valdemar Iodice é superfeminina, como sempre.
Inspirada no trabalho do fotógrafo sul-africano Sam Haskins, a coleção começou com uma ótima série de looks pretos.
Pontos para os vestidos de jérsei com georgete, de seda, couro e tricô. A modelagem é tanto justa quanto vaporosa, mas sem perder o toque sexy – tudo graças à fluidez dos tecidos e aos decotes generosos nas costas. O drapeado é um dos recursos mais utilizados na passarela da Iódice, que também investiu em poderosos acessórios, como cintos dourados e com tachas. O momento catwalk ficou por conta dos vestidos feitos de pele de coelho. As calças cropped e os vestidos prontos para festa, feitos de franjas ou bordados, superluminosos, como o desfilado no último look, são apostas certeiras. Destaque também para a única cor vibrante da cartela: o laranja.
Juliana Jabour
Juliana Jabour trocou a malharia adocicada de outrora por uma coleção mais adulta, repleta de referências: do xadrez grunge às estampas de animal, passando pelo floral e por uma ou outra peça com perfume militar.Apesar das peças isoladamente serem boas – caso das calças cropped e das saias longas de lurex –, os estilos não conversavam entre si e causavam a sensação de estranheza. O primeiro look, usado pela apresentadora Fernanda Lima, por exemplo, era tão curto, que deixava mais do que devia à mostra, e não tinha ligação nenhuma com os longuetes que vinham na sequência. As melhores séries são as de malha rib com lurex e a das saias fluidas com camisas xadrez. As saias de tafetá, muito volumosas, e as peças com plumas bordadas não funcionaram.
Cori
Mais uma marca aposta em uma nova forma de pensar a construção da roupa. No inverno 2011 da Cori, Andrea Ribeiro e Giselle Nasser criaram uma coleção coerente, inspirada na arquitetura do norte-americano Frank L Wright. Pautadas pelo equilíbrio de linhas retas e pela (as)simetria, as peças trazem interessantes recortes em maxicoats, blazers e casaquetos.
Fendas e desníveis também podem ser vistos em vestidos charmosos, que ainda receberam detalhes de organza recortada a laser. A mistura de tecidos, aliás, é outro ponto alto do desfile. Lã, veludo e couro se combinam muito bem em um mesmo look. A geometria reforça a inspiração da coleção. A estampa foi fragmentada e surgiu reaplicada sobre a seda, compondo um efeito degradê metalizado. O clássico pulôver ganha cara nova com alguns losangos semi-transparentes. Destaque para as saias, longas e plissadas, e para o vestido-blazer, desfilado por Aline Weber. A cartela de cores também é deliciosa para o inverno: preto, cinza-mescla, off-white, azul-marinho, bege camelo, vermelho, tabaco e amarelo.
Osklen
Um incêndio que destruiu a fábrica da Osklen em fevereiro de 2010 foi a inspiração para Oskar Metsavaht criar o inverno da marca. Batizada de Fênix, a coleção parte das formas do guarda-roupa masculino, fazendo jus à história da marca: foi só em 1999, dez anos depois da inauguração da primeira loja, em Búzios, que a Osklen passou a fazer também peças femininas.
Dos clássicos pulôveres, nasceram algumas das melhores peças, como os vestidos longos de cashmere, com gola V e falsas mangas, que fazem as vezes de cintos soltos, usados abaixo da cintura. Os pulôveres, acredite, inspiraram até a criação de calças, em um interessante jogo de construção/reconstrução, que vem bem a calhar com o momento da grife.
Outros ícones, como o trench coat, também ressurgem repaginados, assim como as golas altas, trabalhadas por Oskar na coleção do inverno 2010, toda feita em feltro. A ideia era mesmo resgatar itens que fazem parte da trajetória da Osklen e tentar assim extrair da tragédia alguma poesia – como a estampa de flores em chamas.
Outros ícones, como o trench coat, também ressurgem repaginados, assim como as golas altas, trabalhadas por Oskar na coleção do inverno 2010, toda feita em feltro. A ideia era mesmo resgatar itens que fazem parte da trajetória da Osklen e tentar assim extrair da tragédia alguma poesia – como a estampa de flores em chamas.
Feminino:
Masculinos:
Colcci
Gisele Bündchen, Ashton Kutcher, Alessandra Ambrosio e Demi Moore. Com esse quarteto fantástico, a Colcci conseguiu fazer a apresentação mais concorrida do dia, com direito à milhares de flashes, uma porta de desfiles pra lá de tumultuada e muitos gritinhos histéricos de uma ansiosa e animada plateia. Em contrapartida a todo o estrelismo, a coleção da marca apareceu mais contida, madura – com relação às cores e padronagens.
Com uma silhueta cinquentinha, a coleção trouxe hot pants, combinadas com camisas de seda, blazers ou casaquetos. Os trenchcoats surgiram usados apenas na companhia de ankle boots com salto anabela – destaque para o detalhe de metal dourado rente ao solado. O comprimento, em um primeiro momento, é curtinho – vide os shorts e saias. O xadrez vichy estampa casacos, assim como o azul-royal tinge vestidinhos de tricô. O jeans ganhou uma lavagem bem desgastada e aplicação de tachas, além do mix com os suspensórios. O couro também marca pontos, como no look total leather, no duo short + blusa.
Feminino:
Masculino:
fym.
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